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Parabéns Educadores e Demais Cidadãos Gaúchos!!! Yeda (Nota Zero, Déficit Zero e Aumento Salarial Zero) Já Foi Demitida, MAS, deixou seus representantes no Governo e na Assembleia Legislativa!

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Promovidos 34.288 professores

Seduc encerra gestão com 34.288 professores promovidos
30.12.14
O Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (30) publicou a promoção de 2.482 professores. Com mais esta atualização chega a 34.288 o número de professores promovidos na gestão Tarso Genro. Em coletiva, o secretário de Estado da Educação, Jose Clovis de Azevedo, reiterou o compromisso da gestão com a valorização profissional do quadro e a manutenção do Plano de Carreira. “Realizamos melhorias em todas as frentes: remuneração, qualificação, formação e infraestrutura, que elevaram a resultados impactantes na Educação Gaúcha”, disse Azevedo fazendo referência a 2ª colocação do Estado no Índice da Educação Básica (Ideb) após ocupar a 11ª posição. O secretário também destacou a colocação do Estado entre as Redes Estaduais onde também ocupa o segundo lugar. “Setenta e um por cento das nossas escolas tem média superior à média nacional”, enfatizou.

Azevedo também fez um breve balanço dos projetos e ações dentro dos quatro eixos da gestão 2011-2014: reestruturação física nas escolas e modernização tecnológica, reestruturação curricular e formação continuada, democratização do sistema e qualificação da gestão e valorização profissional. Para ele, o destaque é a reestruturação curricular do Ensino Médio e a formação dos professores. “Hoje existe um objetivo, concreto e visível de melhores condições na Educação Gaúcha. Dizer que a Educação do Estado é defasada é coisa do passado”. 

O secretário apresentou uma nova ferramenta de gestão, Mapa de Indicadores, que traz dados atualizados sobre as obras escolares, equipamentos e transferência de recursos para escolas da Rede Estadual. O Mapa tem acesso livre e está disponível no site da Secretaria. Para encerrar, o secretário informou que o próximo governo terá R$ 462 milhões para obras escolares, sendo R$ 200 milhões do salário- educação, R$ 160 milhões do Banco Mundial e R$ 102 milhões do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). “O próximo governo terá um potencial de R$ 460 milhões para dar continuidade ao processo de recuperação das escolas”, disse.

É possível verificar os dados e comparativos apresentados no link abaixo.

Listas de Promoções de Professores:

Listas de Promoções de Servidores de Escola:

Fonte: Seduc
http://profemarli.comunidades.net/index.php?pagina=1612654977
Por Siden.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Natal no 14º Núcleo!!!

A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.

Feliz Natal e
Próspero Ano novo!


São os votos da Diretoria e Funcionária do 14º Núcleo do CPERS/Sindicato.

Dezembro/2014

domingo, 21 de dezembro de 2014

A Mesma Praça

21.12.14 - Por Siden*


Sentado no banco da praça...

Contemplo o movimento, as pessoas passando, indo e vindo...

A mesma praça, o mesmo banco. Novamente a Luta!

A Luta pelo Piso Nacional dos Educadores.

Tantas Lutas!

O Piso não veio. Ainda não!

O Estado está quebrado, dizem...

Quebrado para os Trabalhadores.

Tem dinheiro para aumentar salários polpudos.


Tem dinheiro para Aposentadoria Especial de Deputados.

Mas, não tem dinheiro para pagar o Piso.

A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, dizia a canção...

Dinheiro só pra quem está no topo.

Para educação falta.


A mesma praça, o mesmo banco...

Falta dinheiro?

Talvez vergonha...

Será que alguma loja de construção tem vergonha pra vender?

A mesma praça, o mesmo banco... dizia a canção...

A Luta vai continuar!

Segunda feira na Assembleia Legislativa (na mesma Praça, às 11 horas), CONTRA A VOTAÇÃO FAVORÁVEL AO AUMENTO DO JUDICIÁRIO.


Novamente, dinheiro pra quem está no topo?

A mesma praça, o mesmo banco, ... dizia a canção!


*Siden Francesch do Amaral é Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.
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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Mobilização contra a votação favorável ao aumento do Judiciário

19.12.14
A Direção Central do CPERS convida a categoria para participar da mobilização contra a votação favorável ao pagamento do auxílio moradia a juízes e desembargadores, que se realizará na próxima segunda-feira, dia 22 de dezembro, às 11 horas, na Assembleia Legislativa.

Consideramos que o aumento representará um rombo para os cofres públicos, prejudicando a aquisição de conquistas importantes para os trabalhadores em educação, como o pagamento do Piso Salarial Nacional no Plano de Carreira.  

Fonte: Site CPERS/Sindicato
Por Siden

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Aumento de salário de governador, vice e deputados pode custar R$ 3 milhões a mais por ano no RS

Impacto com a folha deve subir de R$ 20 milhões para R$ 23 milhões
17.12.14 - 20:02
Após a aprovação, na Câmara Federal, do projeto que concede aumento salarial para a presidente da República, ministros do STF e deputados federais, hoje à tarde, a Assembleia Legislativa espera o aval do Senado para estar apta a votar o efeito-cascata do reajuste para o Rio Grande do Sul. Levando em consideração as 19 secretárias do futuro governo e os vencimentos dos 55 deputados, do governador e do vice, e incluindo o 13° salário, o gasto anual para os cofres públicos pode aumentar em R$ 3 milhões, chegando a R$ 23 milhões. Hoje com 29 secretarias, a folha gira em torno de R$ 20 milhões por ano.

A Mesa Diretora vai apresentar um projeto substitutivo, nesta quinta-feira, para elevar os vencimentos do governador e dos deputados estaduais para R$ 25,3 mil. Hoje, o chefe do Executivo ganha R$ 17,3 mil por mês, contra R$ 20,2 mil dos parlamentares. Por lei, o salário dos parlamentares gaúchos corresponde a ¾ do que recebe um deputado federal. Já os secretários de Estado e o vice-governador, que recebem R$ 11,5 mil, vão passar a receber R$ 18,9 mil.

O reajuste entra em vigor a partir de janeiro de 2015, exceto o dos deputados, que só deve valer depois da posse, em fevereiro. A aprovação depende de maioria simples, ou seja, 28 votos entre 55 parlamentares.

Fonte:Lucas Rivas/Rádio Guaíba
http://www.radioguaiba.com.br/noticia/aumento-de-salario-de-governador-vice-e-deputados-pode-custar-r-3-milhoes-a-mais-por-ano-no-rs/
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Aposentadoria especial dos deputados gaúchos: Imprensa repercute decisão da OAB/RS sobre aposentadoria especial.


Pleno da OAB/RS conclui que regime de aposentadoria especial para deputados estaduais é inconstitucional
12.12.14


“A Ordem gaúcha, mais uma vez, não poderia se omitir, e assim cumpre o seu papel constitucional para os encaminhamentos imediatos em nome da cidadania”, frisou Bertoluci, após a deliberação da matéria pelos conselheiros por aclamação.

O conteúdo do PLC 249/2014, que cria a aposentadoria especial dos deputados estaduais é inconstitucional do ponto de vista material e formal. Por aclamação, nesta sexta-feira (12), o Conselho Pleno da OAB/RS concluiu que o projeto viola a Constituição Federal, após a apresentação dos pareceres técnicos das Comissões de Estudos Constitucionais; de Previdência Social; e de Acompanhamento Legislativo da OAB/RS.

Conforme os pareceres, a proposta é inconstitucional, materialmente, pois o Estado não tem competência legislativa para legislar sobre regime de previdência. Do ponto de vista formal, o projeto cria um Regime Próprio de Previdência Social para os deputados gaúchos, entretanto, o Artigo 40 da Constituição Federal assegura Regime Próprio de Previdência Social somente aos servidores titulares de cargos, isto é, somente aos concursados. Os exercentes de mandato eletivo, por não serem concursados, necessariamente devem estar enquadrados na condição de segurados obrigatórios do Regime Geral de Previdência Social, conforme Lei 8.213/91, artigo 11. A competência concorrente dos Estados, artigo 24 da CF/88, não exclui a competência da União para fixar as normas gerais em matéria previdenciária, e tais normas gerais estão disciplinadas na Lei 9.717/98 que restringe os Regimes Próprios de Previdência Social aos servidores titulares de cargo de provimento efetivo. Portanto, a criação do Regime Previdenciário é inconstitucional.

A OAB/RS encaminhará sua deliberação à Assembleia Legislativa (ALRS) e ao Palácio Piratini. Além disso, a seccional gaúcha encaminhará a deliberação ao Conselho Federal da OAB para possível ajuizamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de suspender quaisquer efeitos do projeto, caso haja aprovação por parte da ALRS.

“Este projeto é absolutamente viciado. Além de violar a Constituição, ele desrespeita a cidadania do Estado do RS. São vários os argumentos, quer na linha da atividade privativa da União Federal para disciplinar a matéria, quer ainda no conceito constitucional acerca de mandato eletivo temporário”, defendeu Bertoluci.

O presidente da OAB/RS declarou, ainda, que os deputados não são integrantes de carreiras jurídicas, e, por sua vez, também não prestaram concurso público. “Portanto, não é razoável, sob o ponto de vista constitucional e conceitual, que o exercício de um mandato temporário seja confundido com o exercício de cargo público. A OAB/RS, mais uma vez, não poderia se omitir, e assim cumpre o seu papel constitucional para os encaminhamentos imediatos em nome da cidadania”, finalizou Bertoluci.

Os pareceres foram elaborados e apresentados pelos presidentes das Comissões de Estudos Constitucionais, Armando Perin; de Previdência Social, Alexandre Triches; e de Acompanhamento Legislativo, Victor Hugo Muraro.

Liziane Lima, Jornalista – MTB 14.717

http://www.oabrs.org.br/noticias/pleno-oabrs-conclui-que-regime-aposentadoria-especial-para-deputados-estaduais-e-inconstitucional/17000
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.

RS: deputados votam pacote para aumentar gastos do Estado


“Queremos saber por que para quem está no topo vai ter dinheiro e para nós não. Falam em cortar gastos. O que estamos cobrando é coerência”, assinala a presidente da Associação de Nível Superior do Daer, Lia Rech. ( Destaque feito pelo Blog do 14º Núcleo CPERS/Sindicato)

  • Flavia Bemfica
Flavia Bemfica
Direto de Porto Alegre


O corte de gastos prometido pelo governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), não deve atingir a cúpula do Executivo e do Legislativo gaúchos. Enquanto a equipe de transição do governo eleito fala em dificuldades financeiras e vaza informações de que será difícil pagar a folha de servidores a partir de março, os deputados estaduais apreciam um pacote de projetos que distribui benesses para a Assembleia e o comando do Executivo.


Na pauta de votações estão dois projetos polêmicos, que elevam os custos do Estado. São eles o PL 275/2014, que prevê o reajuste dos salários dos deputados, bem como dos subsídios do governador, do vice e dos secretários estaduais. E o PL 274/2014, que reorganiza o quadro de pessoal da Assembleia Legislativa. Os projetos tramitam rapidamente na Casa, menos de 30 dias após os deputados terem aprovado um regime de aposentadoria especial para si mesmos. Assim como o texto da aposentadoria especial, ambos são de autoria da Mesa Diretora do Legislativo.

O PL 275/2014 prevê que o governador e os deputados estaduais passem a receber subsídio bruto mensal de R$ 26.939,29. Hoje o governador ganha R$ 17.347,14 e os deputados R$ 20.042,34. Já o vice e os secretários estaduais, que hoje recebem R$ 11.564,76, passarão a ganhar R$ 20.204,46 com a aprovação do texto. Os novos valores valerão para a próxima legislatura e o próximo governo.

Com 24 páginas, o PL 274/2014 faz uma série de alterações nos cargos do Legislativo. Entre as mudanças, está a instituição do chamado AQ (adicional de qualificação) para os servidores efetivos que tiverem conhecimentos adquiridos em treinamentos, títulos e diplomas. E a criação de 46 cargos em comissão (CCs) subordinados à Mesa Diretora, a serem ocupados por CCs nomeados antes de 1999.

Categorias de servidores estaduais estão inconformadas com o texto. Entre elas, a dos funcionários do Daer, que tiveram rejeitada sua proposta de reestruturação do plano de carreira. Em função do corte nos gastos, a proposta, que previa um impacto financeiro de R$ 18 milhões em 2015, sequer foi publicada. “Queremos saber por que para quem está no topo vai ter dinheiro e para nós não. Falam em cortar gastos. O que estamos cobrando é coerência”, assinala a presidente da Associação de Nível Superior do Daer, Lia Rech. 

O líder da bancada do PMDB na Assembleia e futuro chefe da Casa Civil do governo Sartori, Márcio Biolchi, diz que os projetos são prerrogativas do da Mesa do Legislativo e que o futuro governo não pretende se posicionar. “Não vamos interferir. É uma posição de respeito entre poderes.” No entendimento do futuro secretário, não há vinculação entre o corte de gastos que Sartori promete e os projetos que aumentam os custos da máquina pública.

O PL 274, já apelidado de "novo trenzinho da alegria" do Legislativo, também protocolado na sexta-feira, foi aprovado por 21 votos a 11 na tarde desta terça. A forma como se deu o encaminhamento da votação está sendo questionada por deputados de diferentes bancadas, como o PT, o PCdoB, o PSDB e o PMDB. Em plenário, a deputada Elisabete Felice (PSDB), que integra a Mesa Diretora da Casa, informou que em uma reunião extraordinária da Mesa realizada na quinta-feira da semana passada, três dos cinco presentes não deram acordo para que o projeto fosse a votação. "Depois disso, o presidente Sossella fez consultas por telefone a outros integrantes, que não estavam presentes, para obter o acordo. Se isso pode acontecer, então não é mais necessário que a Mesa exista", resumiu. A bancada petista, que na reunião dos líderes de bancadas e partidários também não deu acordo para que o texto seguisse a plenário, tentou incluir no projeto uma emenda que barrava o artigo que prevê a efetivação de cargos em comissão. A emenda não foi aceita. 


Fonte: Portal Terra
Por Siden
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domingo, 14 de dezembro de 2014

Justiça determina pagamento de mais de R$230 mil em indenização a vítima de Dal Agnol

A decisão abre precedente para que outras vítimas do advogado sejam indenizadas por danos
14.12.14 - 21:01

A Justiça em Passo Fundo determinou o pagamento de indenização a um dos clientes lesados pelo advogado Maurício Dal Agnol em 2010. O homem, que não teve o nome revelado, ingressou com uma ação indenizatória por danos materiais contra o advogado que está preso em Passo Fundo.

Conforme a ação, o cliente prejudicado teria o direito a receber R$192 mil da empresa Brasil Telecom por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Porém, Dal Agnol repassou apenas R$91 mil. Assim, a juíza da 3ª Vara Cível de Passo Fundo, Lizandra Cericato Villarroel, considerou que o advogado tem de pagar R$233 mil em danos.

Ainda não há data para que o pagamento seja feito, já que será aberto o prazo para recursos na próxima semana. A expectativa é que o valor seja resgatado dos bens bloqueados de Maurício Dal Agnol. Segundo a advogada Deise Fauth Ariotti, a decisão abre um precedente para que outras pessoas prejudicadas também sejam indenizadas. “É algo muito positivo e determina que ele indenize as vítima em razão de um acordo fraudulento assinado com a Brasil Telecom”, destaca.

Maurício Dal Agnol é acusado de firmado inúmeros acordos com empresas telefônicas e não ter repassado os valores integrais aos clientes. A suspeita é que 30 mil pessoas tenham sido lesadas. A Brasil Telecom assinou um acordo com o advogado em nome de 5.557 vítimas. Neste caso, ele teria recebido um valor de R$50 milhões. O esquema foi descoberto pela Polícia Federal, através da Operação Carmelina, deflagrada em fevereiro deste ano.

Fonte:Samantha Klein/Rádio Guaíba
http://www.radioguaiba.com.br/noticia/justica-determina-pagamento-de-mais-de-r230-mil-em-indenizacao-a-vitima-de-dal-agnol/
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Não escrevo o nome dele...

Por Siden* - 11.12.14
Ao atacar a deputada Maria do Rosário, o parlamentar atacou todas mulheres... do planeta. Por isso, me nego a escrever o nome dele. Não escreverei o nome do "deputado".

Seu ataque cheira a esgoto.

Concordo com os Partidos Políticos que pediram sua cassação.

Faço eco à nota da Central Sindical e da Marcha Mundial das Mulheres quando afirma: "Esse posicionamento expressa a misoginia e o machismo desse indivíduo".

Talvez a psicologia explique o posicionamento do deputado. Se é que tem explicação...

Enquanto isso, fico procurando explicações para outros fatos do momento...

Como por exemplo, a Aposentadoria Especial dos Deputados Gaúchos.

Não entendi!

Mas, o Estado não está quebrado?

Ou estaria quebrado só pra quem trabalha?

E a RBS querendo pautar o novo governo...

Conhecemos esse jogo.

A mesma praça, o mesmo banco ...

Mas, voltando ao primeiro assunto...

Será que dessa vez o deputado vai ser cassado?

Nego-me falar o nome dele.

Será que quebrou algum encanamento aqui em casa?

Paira no ar um cheiro de esgoto...

Se falar o nome dele, a nuvem fétida no ar piora...

Ninguém merece!

*Siden Francesch do Amaral é Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Tarso deixará com a Assembleia decisão sobre aposentadoria especial de deputado

Governador questiona constitucionalidade da medida e nega sanção da matéria
10/12/2014 19:43
Governador questiona constitucionalidade da medida e nega sanção da matéria | Foto: David Alves/Palácio Piratini/Divulgação CP
O governador Tarso Genro afirmou, nesta quarta-feira, que não vai sancionar a aposentadoria especial para deputados. Ele questionou a constitucionalidade da iniciativa e deu a entender que só não vetou o benefício por ser uma iniciativa de um poder soberano. “O que eu decidi é que não vou sancionar. Não vou por que é um ato criado por um poder soberano e autônomo. Mas ainda vou estudar se há inconstitucionalidade e, se houver, vou vetá-lo”, adiantou.

Até o momento, Tarso Genro mantinha silêncio sobre a postura em relação à medida. A proposta elaborada pela Mesa Diretora do Parlamento foi aprovada no fim do mês passado e garante ao deputado aposentadoria com vencimento integral, na ordem de R$ 20 mil, desde que com nove mandatos seguidos e mais de 60 anos de idade. De acordo com a matéria, o parlamentar entra com 13,25% do próprio salário e um índice que corresponde ao dobro, de 26,5%, é complementado pela Assembleia Legislativa. Atualmente vinculados ao regime do INSS, os deputados recebem, no máximo, o teto de R$ 4,3 mil de aposentadoria.

Caso a aposentadoria especial seja mantida, o gasto anual deve ser de pelo menos R$ 600 mil, pagos pelos cofres da Assembleia Legislativa. Com a abstenção do governador sobre o tema, o presidente da Casa, Gilmar Sossela, deve promulgar o texto que permite o benefício.
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/543716/Tarso-deixara-com-a-Assembleia-decisao-sobre-aposentadoria-especial-de-deputado
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo/CPERS-Sindicato.
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Abono das faltas consideradas não justificadas

Orientação sobre o pedido de abono das faltas consideradas não justificadas relativas às atividades sindicais dos anos de 2008 e 2009
10.12.14
As Turmas Recursais do Tribunal de Justiça do Estado, ao julgarem recursos relativos aos pedidos de abono das faltas relativas às atividades sindicais realizadas nos anos de 2008 e 2009, tem entendido que o prazo para realização do pedido administrativo junto às Coordenadorias Regionais da Educação restou reaberto através da Lei nº 14.409/2013.

Com base neste entendimento, e considerando a impossibilidade de ingresso de nova demanda judicial em face da prescrição, visto que já ultrapassados cinco anos da realização das mesmas, orientamos aos associados do CPERS/SINDICATO que encaminhem novos pedidos junto às suas respectivas CRES, fundamentando o mesmo com base na Lei nº 14.409/2013.

O prazo final para encaminhamento dos pedidos junto às Coordenarias Regionais de Educação termina em 31/12/2014, conforme prazo estabelecido no aludido decreto.

Os associados que ainda não tiveram o abono das faltas reconhecido em sua efetividade devem dirigir-se aos núcleos do CPERS/SINDICATO para obtenção do Atestado de Participação, bem como do Formulário para encaminhamento do pedido impreterivelmente até o dia 19/12/2014.                           

Fonte: CPERS/Sindficato
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.
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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Aposentar em virtude de doenças

Professores podem mudar de função ou se aposentar em virtude de doenças

Os professores da rede pública podem mudar legalmente de função ou mesmo se aposentar (sem quaisquer perdas de direitos ou salários) em virtude de doenças comuns ao exercício do magistério, sejam físicas ou psicológicas. Neste sentido, os estatutos de servidores públicos em todo o país trazem dispositivos que garantem tais situações, como veremos mais abaixo.
Professores entre os que mais adoecem


Estudos científicos de respeitadas organizações, como IBGE, CNTE e DIEESE apontam que os docentes estão entre os profissionais mais vulneráveis a várias enfermidades. Esse último instituto, por exemplo, sob encomenda do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo-APEOSP, concluiu em estudo recente (2010) que quase a metade dos educadores de São Paulo tem diagnóstico médico de estresse, dentre outras doenças, o que pode tornar necessária a mudança de função ou mesmo a aposentadoria. Não há dúvidas de que se pesquisa dessa natureza fosse multiplicada em todo o país, os resultados não seriam diferentes.

A maior vulnerabilidade dos professores a muitas doenças está basicamente relacionada às péssimas condições de trabalho a que estão expostos, agravadas pela questão salarial, que os abriga a se submeter a jornadas estafantes (até três turnos) para obter  uma renda melhor. Em salas superlotadas, sem climatização ou áudio corretos os docentes muitas vezes têm que gritar, ou seja, usar de forma excessiva e inadequada as cordas vocais, o que às vezes em curto tempo os deixa com laringite, doença que se não tratada a tempo e de forma eficaz pode deixar a pessoa sem voz ou com a fala apenas através de sussurros.

Sérios distúrbios osteomusculares relacionados a trabalho estafante também acometem os educadores. "Escrever no quadro-negro por longo período com elevação dos membros superiores acima da cabeça, digitar provas e aulas, corrigir trabalhos e provas, entre outras atividades repetitivas, levam a um estresse biomecânico no ombro. Isso predispõe a lesões e leva a sensações desagradáveis tanto do ponto de vista físico como mental. Os profissionais que trabalham com os membros superiores elevados têm um risco 7,9 vezes maior para distúrbios musculoesqueléticos do que aqueles que não trabalham nessa posição",  é o que conclui estudo de pesquisadores da Bahia, conduzidos pela professora da União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME) Daniela Dias. Dentre as doenças relacionadas nessa área estão a tendinite, tendinose e bursite.

Além de doenças físicas, muitos docentes tem também diagnósticos de uma série de graves distúrbios psicológicos, com destaque para a depressão. As enormes pressões que muitas vezes têm da sociedade, direções de escolas, governos e do quase sempre tenso ambiente da sala de aula, leva milhares ao pânico e ao desânimo. A autoestima cai e um estado depressivo se instala no professor. Muitos se negam a buscar auxílio médico especializado e se automedicam. Ou buscam algum tipo de fuga, como o álcool. O problema se agrava, pois mais doenças podem surgir, como hipertensão, ganho ou perda de peso desregrados etc.

O que fazer
Em hipótese alguma o professor deve ser negligente com sua própria saúde. Ao menor sinal de um problema, comum ou não ao exercício da docência, deve afastar-se imediatamente da sala de aula, procurar auxílio médico e exigir uma licença maior quando a situação requerer. Se a doença vai e volta, só há duas coisas a fazer. Solicitar aposentadoria imediata. Ou mudança de função. Num caso ou noutro, sem quaisquer prejuízos, todos os estatutos de servidores públicos no país preveem essas duas situações. Isto tem base na Lei 8.112/1990:

Seção VII
Da Readaptação
        Art. 24.  Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.
        § 1o  Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.
        § 2o  A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Reiteramos que legislações estaduais e municipais em todo o país asseguram tais direitos aos professores e aos demais servidores públicos brasileiros. Em caso de dúvidas, buscar apoio e orientação no sindicato ao qual tem ligação direta.


APOSENTADORIA do Servidor Público no Regime Próprio do RS
CF/88, Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003). 

Exemplo: IPERGS no RS


I - POR INVALIDEZ PERMANENTE,  sem limite de idade e tempo de contribuição sendo os proventos pela média das contribuições, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003, alterada pela EC nº 70/2012)

II -APOSENTADORIA POR MOLÉSTIA – Lei 10.098/94, art. 158 ao 166

- O servidor será aposentado:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;


§ 1º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, se incapacitantes para o exercício da função pública, tuberculose ativa, alienação  mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkison, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e outros que a lei indicar, com base na medicina especializada.

- Ao servidor aposentado em decorrência de qualquer das moléstias referidas acima, fica vedado o exercício de outra atividade pública remunerada, sob pena de cassação de sua aposentadoria;


O plenário do STF aprovou no dia 09-4-14 a PSV 45, que prevê que, até a edição de LC regulamentando norma constitucional sobre a aposentadoria especial de servidor público, deverão ser seguidas as normas vigentes para os trabalhadores sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social. A norma refere-se apenas à aposentadoria especial em decorrência de atividades exercidas em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física dos servidores.


O verbete de súmula terá a seguinte redação: "Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei complementar específica."




Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.


“Pagar salário em dia é dever do administrador. RBS quer a volta do modelo do Britto e Yeda”

Marco Weissheimer
Governador analisa as conjecturas acerca da situação financeira do estado e as “receitas” sugeridas pela mídia tradicional | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), criticou neste sábado (6) o receituário indicado pelo jornal Zero Hora para enfrentar os problemas financeiros do Estado. O editorial do jornal neste sábado defende que será preciso “adotar medidas duras e convencer a população de que o sacrifício é necessário”. A jornalista Rosane de Oliveira, por sua vez, afirma em sua coluna que a equipe do futuro governador José Ivo Sartori (PMDB) estaria “assustada” com a situação financeira e não descarta inclusive a possibilidade de atraso no pagamento dos salários dos servidores em 2015.

Em entrevista ao Sul21, Tarso rejeita esse caminho e diz que a RBS está semeando “o terror no funcionalismo, para abrir caminho para medidas amargas, para supostamente recuperar as finanças públicas”. Mas este seria apenas o recado aparente:” o que a RBS está propondo, de fato, é a volta a um caminho específico que eles já conseguiram imprimir, em pelo menos duas oportunidades, com Britto e Yeda”, diz Tarso. E emenda:“os editoriais da RBS têm sido algo como notas do Comitê Central do conservadorismo neoliberal no Rio Grande”.

Sul21A situação financeira do Estado foi um dos principais temas da campanha eleitoral. O jornal Zero Hora afirma neste sábado que a equipe do candidato vitorioso José Ivo Sartori (PMDB) está “assustada” com essa situação e que haveria inclusive um risco de atraso no pagamento de salários. Existe, de fato, esse risco?

Tarso Genro: Na verdade, a Zero Hora deste sábado antecipa um debate que achei que começaria a partir da posse do governador Sartori. Tanto o editorial, que recomenda governar com eficiência e honestidade, como a advertência da sua colunista de política mais importante, que adverte que o risco de atrasar salários é real, tem a finalidade bem aparente de indicar uma nova orientação, para o próximo Governo e, ao mesmo tempo, semear o terror no funcionalismo, para abrir caminho para medidas amargas, para supostamente recuperar as finanças públicas.

Só que este é o recado aparente: o que a RBS está propondo, de fato, é a volta a um caminho específico que eles já conseguiram imprimir, em pelo menos duas oportunidades, com as privatizações selvagens (de estradas e bens públicos), na época do Governo Britto, e com o déficit zero, na época da Governadora Yeda. Cabe ao próximo Governador aceitar ou não estas indicações.
Foto: Caco Argemi/UPPRG
Tema da dívida pública esteve presente em todos os debates da campanha eleitoral deste ano| Foto: Caco Argemi/UPPRG
Sul21: Pelo debate que ocorreu na campanha, o senhor acredita que Sartori seguirá esse receituário proposto pela RBS?

Tarso Genro: Quero lembrar que esta polêmica tem uma história. Ao longo do meu Governo, e logo após a minha posse, eu já advertia que as nossas diferenças com os chamados liberais ou ortodoxos não estava no diagnóstico sobre a crise do Estado. Todos sabemos que esta é uma situação que se arrasta há mais de quatro décadas e que se agravou com o acordo Britto-Malan sobre o pagamento da dívida, há quinze anos. A nossa diferença era, e é, em como sair da crise. Durante a campanha eleitoral eu repeti à exaustão: não é possível sair da crise sem reestruturar a dívida pública para obter novos financiamentos para investimentos; não é possível sair da crise sem cobrar dívidas que a União tem conosco; não é possível sair da crise sem reduzir, como segundo grande passo que sucede a reestruturação já obtida, as prestações mensais que amortizam a dívida pública; não é possível sair da crise sem aumentar a receita; não é possível sair da crise sem usar o caixa único e os depósitos judiciais; não é possível sair da crise sem remunerar melhor os servidores e contratar mais servidores, especialmente para saúde, educação e segurança, para melhorar os serviços públicos; não é possível sair da crise sem ajuda financeira permanente do governo Federal, para administrar o Caixa com a drenagem de recursos para convênios e obras; não é possível sair da crise sem atrair investimentos de fora do Estado e do país, para dinamizar a economia local e impulsionar a indústria com tratamentos tributários específicos e investimentos de fora, que comprem insumos, serviços e peças da nossa indústria; não é possível sair da crise sem aumentar a renda e o poder aquisitivo das camadas mais pobres da população, que vivem em dependência de um salário mínimo aviltante; não é possível sair da crise sem mecanismos novos de incentivos e financiamentos novos para a indústria e a agricultura local, o que aliás, fizemos com destaque, através do Badesul, BRDE, Banrisul e do novo Fundopem, do novo Sistema de Microcrédito, dos 3 Planos Safras, etc…

Sul21: O caminho preconizado pela RBS parece apontar para uma direção oposta a essa…

Tarso Genro: O editorial de Zero Hora faz uma recomendação que poderia parecer uma gozação, se não lançasse sobre os governos uma pecha de não ter governado com eficiência e honestidade. Sobre a questão da honestidade, nosso Governo não tem nada a declarar, pois creio que este conselho não nos diz respeito. Mas, sobre a questão da eficiência, sim. Eficiência sem objeto é bobagem. Um engenheiro pode ser eficiente para projetar um campo de concentração e ser péssimo para construir uma casa decente. Um gestor público pode ser eficiente para aplicar um programa econômico só com uso da força e incompetente para fazê-lo dentro da democracia. Na verdade, tanto o Governo Britto, como o Governo Yeda foram muito eficientes para os propósitos que se dispuseram: tanto o déficit zero, como a entrega de estradas para a iniciativa privada e o parcelamento da CEEE, deixando as dívidas para o Estado, foram operações bem feitas e consequentes; a venda das ações do Banrisul para a formação do Fundo Previdenciário dos Servidores (que foi formado no nosso Governo, sem os recursos da venda de ações, que foram gastos para outras finalidades ainda no Governo Yeda), também foi eficiente; o arrocho salarial, que sucateou os serviços públicos, arrocho este que incidiu especialmente sobre a polícia civil, brigadianos, professores, técnicos-científicos e demais categorias do serviço público, também foram muitos eficientes para poupar recursos públicos, do ponto de vista dos governos anteriores, como foi eficiente o abandono de investimentos em equipamentos para estes setores, com especial desatenção para o estado dos prédios escolares.


Mas qual foi a eficiência social obtida com estas ações e omissões? Dou apenas dois exemplos: a educação estava em nono lugar no IDEB  - já passamos para o segundo lugar no nosso Governo – e a rede física das escolas em estado de calamidade pública — já reformamos, com pequena, médias e grandes obras, mais de 1300.



O irônico é que este mesmo grupo de comunicação, que apoiou estas políticas que agravaram a situação social e financeira do Estado (vejam as matérias de Zero Hora depois do acordo Brito-Malan), usaram a desculpa do déficit zero, para não gastar em escolas e políticas sociais, e mantiveram o estado estagnado, na prestação dos serviços públicos, foi ávido em cobranças e críticas sobre o nosso Governo, cujo programa em aplicação, com ginásticas de financiamento e escassos recursos próprios, atuou precisamente para recuperar o Estado das mazelas que herdamos.

Tarso: “Um gestor público pode ser eficiente para aplicar um programa econômico só com uso da força e incompetente para fazê-lo na democracia”  | Foto: Ramiro Furquim/Sul21


Sul21: E como fica esse debate agora, pós-campanha eleitoral. A julgar pelo receituário que vem aparecendo na imprensa, teríamos uma volta dos anos Britto e Yeda. Na sua opinião, estamos rumando para esse caminho? Essas teses saíram vitoriosas da campanha eleitoral?

Tarso Genro: Talvez o grande erro que eu tenha cometido nesta polêmica, que aliás começou mesmo antes da minha posse, foi não ter explicitado o seguinte: o que eu me referia, quando usava a expressão “não é possível sair da crise”, era : “não é possível sair da crise sem sacrificar os mais pobres, as classes médias assalariadas e os setores do mundo do trabalho, sem contar com tais e quais medidas…”. O Estado pode sair da crise financeira que se encontra, na verdade, pelos meios que estão sendo propostos pelos admiradores da ortodoxia. Basta não gastar, abandonar programas sociais, rebaixar salários, não contratar novos servidores, não fazer financiamentos para obras, reduzir os recursos para os serviços de saúde, educação e segurança. Eu diria até que é fácil fazer isso. É só transformar o Estado em Estado-Polícia, exclusivamente, para responder às demandas da sociedade e dos servidores com medidas de força e autoridade. Mas, para mim, o Estado que faz isso não merece o nome do Estado, merece uma placa de “Gerente do pagamento da dívida pública”…

Sul21: Neste contexto, o risco de atraso no pagamento do salário dos servidores é real?

Tarso Genro: Quando se diz que “temos dúvida se é possível pagar salários para os servidores” está se preparando, na verdade, um atestado de heroísmo futuro, para quem pagar os salários em dia, como se isso fosse uma grande coisa. Ora, isso é um dever elementar do administrador público. Governar exclusivamente para pagar salários, sem ousar investir, buscando financiamentos e comprometimento da União com oEstado, é uma meta muito rebaixada para qualquer Governo.


O editorial da Zero Hora diz que os sucessivos governos empurraram com a barriga a crise, mas não lembra que este mesmo órgão de imprensa, nos seus editoriais, dizia que o Estado estava com um caminho luminoso, à frente, logo após o acordo com a União há quinze anos, no Governo FHC. O que os demais governos fizeram, a partir dali, foi aplicar a sua visão programática para governar, com atenção maior ou menor, aos setores sociais que julgavam importantes na sua visão política. Se a questão fosse exclusivamente de honestidade e competência ela já estaria resolvida, pois a maioria das pessoas, nos partidos políticos do Rio Grande, seguramente são pessoas honestas e competentes, para os propósitos que se destinam. A questão é outra: é ser competente para quê? Qual o destino da competência? A pessoa pode ser competente, como foi Martinez de Hoz, na Argentina, durante a ditadura – sucateando a indústria e matando o futuro do país – ou pode ser competente para gerir uma crise financeira e, mesmo assim, fazer crescer a economia, melhorar a vida dos mais pobres e dar uma nova qualidade aos serviços públicos. Há competências e competências…


“Não vou ser líder da oposição no Estado”, afirma Tarso| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Sul21: E como o senhor encara, ao final do seu mandato, esse tipo de diagnóstico sobre a situação atual do Estado e as propostas de receitas que o acompanham?

Tarso Genro: Não creio que estas questões sejam colocadas pela RBS em função de uma perseguição especial contra mim ou contra o meu Governo. Isso ocorre porque estes grupos empresariais olham o país a partir dos seus interesses como empresas, que prestam contas a um círculo muito reduzido de pessoas, ou seja, seus anunciantes maiores e seus acionistas. Então, quando eles pensam o Brasil, pensam a partir exclusivamente da ótica empresarial, que tanto pode coincidir com o interesse público presente no Estado de Direito Democrático, como não.


Numa situação de crise, o que predomina é o afastamento destas instituições privadas do interesse público, porque é preciso repartir custos para sair da crise, o que está refletido na seguinte questão: para sair de uma crise tem que distribuir sacrifícios no topo, não na base, que não tem o que renunciar numa concertação econômico-social de qualquer nível. Acabar com um programa como o RS Mais Igual, por exemplo, é levar as pessoas novamente a passar fome. Reduzir ou arrochar salários de servidores é diminuir o poder aquisitivo de milhares de famílias. Então volta a questão? Competente para quê? A categoria da competência, em abstrato, é uma simples fórmula para esconder o que as pessoas se propõem efetivamente a fazer.

Não tenho ideia do que o próximo Governador fará nem se ele será pautado, ou não, pelos editoriais da RBS, que têm sido algo como notas do Comitê Central do conservadorismo neoliberal no Rio Grande. Desejo a ele, apenas um bom governo. Nem vou ser líder da oposição no Estado. Isso é de competência da nossa bancada. Mas vou estar sempre presente, com meus companheiros atuais de Governo, para defender nosso legado. Sempre com respeito. Sem ataques pessoais e sem manipulações informativas.



Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Sartori diz que desconhece projeto de aposentadoria especial

Sartori voltou a dizer que a responsabilidade é do Legislativo e que não conhece o projeto em detalhes
Flavia Bemfica
O governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), não quer externar sua posição sobre a aposentadoria especial para deputados estaduais. O projeto que institui um regime diferenciado de aposentadoria para os parlamentares gaúchos foi apresentado pela Mesa Diretora da Casa e aprovado na terça-feira (25) a toque de caixa, uma semana após sua publicação no Diário Oficial da Assembleia. A bancada do PMDB, partido de Sartori, foi a que, individualmente, contribuiu com o maior número de votos para a aprovação do projeto. Todos os oito parlamentares peemedebistas votaram pela aprovação do texto. Entre eles, a esposa do governador eleito, a deputada Maria Helena Sartori.
Na manhã desta quarta-feira, questionado por jornalistas sobre o assunto durante um encontro com a diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Sartori desconversou. “Quem tem que responder é o Legislativo estadual. Eu tenho que ter respeito pelas decisões internas de cada Poder, seja o Judiciário, o Legislativo, o Ministério Público.”

O peemedebista também evitou responder sobre o impacto da aprovação do projeto nas contas do Estado. Sartori e sua equipe de transição de governos, bem como os deputados estaduais do partido, vêm apontando a questão financeira como o maior problema do governo gaúcho. “Pelo que eu tenho lido, vai ser a mesma contribuição, de 20%.” Na verdade, o projeto aumenta dos atuais 20% do regime geral da previdência para 26,5% o percentual de contribuição da Assembleia (a chamada contribuição patronal). Assim, para cada parlamentar ou suplente que aderir ao plano, o valor de contribuição da Assembleia, levando-se em conta apenas o subsídio bruto básico dos deputados gaúchos, que hoje é de R$ 20 mil, passaria de R$ 4 mil ao mês para R$ 5,3 mil ao mês.

Questionado sobre a alteração, Sartori voltou a dizer que a responsabilidade é do Legislativo e que não conhece o projeto em detalhes, apesar de o texto estar disponível, na íntegra, no site da Assembleia Legislativa. “Na verdade eu não conheço o projeto como um todo, a responsabilidade política é do Legislativo, e eu sou eleito. O governador se chama Tarso Genro. Mesmo se eu tivesse posição pessoal, ela não precisa ser externada.” 

A partir da aprovação do projeto, o atual governador, Tarso Genro (PT), tem 15 dias para se manifestar, vetando ou sancionando a lei. Como o texto é um Projeto de Lei Complementar de autoria da Mesa Diretora do legislativo, caso o governador vete, os deputados votarão o veto. Publicamente, Tarso já se mostrou contrário à aposentadoria especial dos deputados. A bancada petista no Legislativo fechou posição contra o benefício e na votação de terça, dos 14 deputados da sigla, 12 votaram contra e dois estavam ausentes. Após a aprovação do PLC, foi criada nas redes sociais a hashtag #vetatarso. 

Na outra ponta, o procurador-geral do Ministério Público do Estado, Eduardo de Lima Veiga, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador José Aquino Flôres de Camargo, anunciaram publicamente sua concordância com a aposentadoria especial para os deputados gaúchos. A partir de então, lideranças políticas petistas passaram a questionar a relação entre as manifestações e a isenção necessária ao Judiciário. 

Fonte: Portal Terra
Por Siden Francesch do Amaral, Professor e Diretor Geral do 14º Núcleo.
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